domingo, 31 de maio de 2009

Exposição Hiper-Realismo




TONNY
Artista Plástico

Nascido no dia 31 de dezembro de 1968 na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, onde ainda reside, o artista plástico Tonny traz ainda de infância esse maravilhoso dom de Deus que chamam de arte,
começando por humildes traços infantis, comuns a toda criança, mas que, com o
passar do tempo, foram se aprimorando e tomando formas incríveis, ampliando ainda mais os seus horizontes.

Tonny começou fazendo desenhos de rostos usando
o lápis graffite, em seguida, passando para o lápis crayon, com estudo de luz,
sombra e perspectiva. Mais tarde, encantado a com riqueza e a beleza
da nossa fauna e flora brasileira, o artista plástico foi despertando o seu interesse em retratar paisagens e animais. Tomou muito gosto também em pintar objetos.

Agora, já com tinta óleo e acrílica e viajando pelas cores e formas da existência, retrata em hiper-realismo, todas essas formas. Tonny entende que a mente nunca pára de imaginar e de receber informações que vão ampliando essa capacidade de fazer arte. Por isso, hoje, ele também é escultor e
sempre aberto a novas experiências artísticas.

A inauguração da exposição será no dia 04 de junho de 2009, a partir das 20h, na casa de cultura Bistrô Conexão Brasil, localizada na rua José Veríssimo, 173, centro de Duque de Caxias.

A exposição “Hiper-Realismo” será apreciada ao som do cantor Diego Barreto, o Brother Show da Nova Geração da Música Popular Brasileira. Nada que um cantinho e um violão não façam com que Diego Barreto mostre o seu talento para quem quiser assistir, usando e abusando da sua autenticidade.

Informações: 8711-0846
Produção: Clara de Deus

Os Norato

Estréia dia 6 de Junho o espetáculo de improviso do grupo “Os Norato” no Bistrô Brasil.

Munidos apenas de objetos e músicas, os atores Bruno Olivieri, Pablo Leal e Ricardo de Sá inovam na arte da improvisação propondo, além dos jogos já conhecidos, novas formas de garantir o riso da platéia. Neste cenário, a criatividade se torna a deixa para a próxima fala. Afinal, como em toda a improvisação, a cada cena os atores se deparam com situações novas.

O grupo fará uma única apresentação neste sábado às 22 horas, com objetivo de levar mais opções de cultura e lazer para a comunidade a preços populares.

Os ingressos farão parte do couvert de quatro reais da casa, que também garantem entrada para o show da banda Alta Estação.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pajelança Cultural





Um certo João de Deus

Uma pessoa que emana luz por todos os poros jamais passaria pela vida em branco, e com João de Deus não foi diferente. Ser raro, daqueles que a gente sabe como é difícil, quase impossível encontrar, João tinha nos olhos, na alma e no sangue o germe belo e cruel da poesia. Por isso infectava a todos com coisas; com sentimentos fantásticos.
Para João qualquer espaço era um palco, pois vivia de forma tão contundente a concepção poética que não a separava de outras atividades. Dormir, acordar, comer, cantar, viver, amar, constatar, explorar, vivenciar, tudo em João era arte absoluta e inegociável, e talvez exatamente por isso tivesse nome de Deus.
Contam mentiras por aí à respeito de João, eu sei. Dizem por exemplo que ele era um homem simples. Mentira. João era um duende. Estava em um estágio muito além do simples na cadeia evolutiva da alma humana. Simples eram seus gestos e a ternura com que impregnava o ambiente. Mas João, em si, era um ser profundamente complexo. Tão complexo quanto à imensa teia que envolve todas as possibilidades de amor e arte existentes no nosso planeta. E até em outros planetas.
Há quem cultive, inclusive, a possibilidade de que João tenha vindo de outro planeta. Não. João era da terra. E por ser da terra, divertia-se ao embaralhar todos os elementos: terra, água, fogo e ar, confundindo os olhos e a mente, volátil, dos amigos, dos passantes e dos expectadores. Confundia, encantava e extasiava-nos, a todos nós, piscianamente.
Sim, piscianamente, pois outra mentira deslavada é negar sua qualidade de pisciano nato. Não importa o dia, mês e ano em que nasceu. João não viajava em poemas ou sons psicodélicos, ele era a própria viagem. O motivo da jornada e o objetivo a ser alcançado. E era da água, pois fluía, como peixes. Proferia versos fortes e se espalhava sereno sobre toda a humanidade.
João meio que misturava tons azulados de céu com as cores, nem sempre tão bonitas, que se tem pela cidade. E o fazia de tal forma convincente que quem olhava de perto nem reparava o cinzento colhido em alguma esquina, em algum começo de tarde. Só se percebia a claridade, o brilho incomensurável que, emprestado aos fatos, os faziam transbordar pelas margens do papel ou pelos limites do palco, fosforescendo o ambiente.
João era como um náufrago buscando desesperado as barras do continente, não para lutar pela sobrevivência, mas para levar vida à terras desoladas.
João era assim. Uma porção enorme de tudo, distribuindo-se, intensamente, como forma de se contrapor ao nada.
A poesia de João é hoje nossa morada. Por isso estamos todos aqui. Presentes. Agarrando com os dentes a poesia que passa brilhando ao nosso alcance. Foi assim que aprendemos a honrar nosso duende.


Vicente Portella